Há muito tempo, na comunidade do magic local e mundial, players, sábios e juízes debatem sobre o tão famoso mulligan no reino do magic. Pra quem não sabe, mulligan é uma técnica utilizada por nós, planeswalkers, para ter uma espécie de 2° chance de começar com uma mão boa. Funciona assim: você compra uma mão de 7 spells (compra 7 cartas) e se não gostar das spells que você tem na mão, você embaralha essas spells da mão no grimório e compra 6 spells. Se não gostar dessas 6 spells, repete o processo e recompra outras 5 spells e assim vai até manter spells na mão ou começar com 4 spells na mão (começar com menos que 4 é horrível, melhor ter uma mão ruim).
Mas qual é o problema? Aqui entramos em outra característica do magic que se chama variância. Vou fazer uma síntese do que é variância: Quando você vai enfrentar um planeswalker em um torneio e seu grimório tem desvantagem contra o grimório do outro planeswalker, chamamos isso de bad match, isso significa que a variância está contra você nesse aspecto. Ou então você jogar magic com dor de cabeça, a variância está contra você. Quando você “flooda”, quanto você “screwma” mana e assim vai. Existe uma certa variância no magic que torna ele agradável e competitivo. Quando você compra uma mão de 7 spells e não gosta (mão fraca contra o oponente no game 2 por exemplo) e pede mulligan e seu oponente keepa a mão de 7, isso significa que a variância está contra você nesse aspecto.
Dizem que existe sempre um equilíbrio que pode ser quebrado pelas menores das brisas. Como assim? A comunidade sempre debate sobre aperfeiçoar o mulligan mas não sabe exatamente como, mas a regra atual do mulligan era aceitável pela Wizard até que de repente, numa final do Pro Tour Guilda de Ravnica, o tão famoso Pro Player, Luis Scott-Vargas, chega mais uma vez numa final, e ele joga muito e já está provado que ele é um gênio. Era melhor de 5 e a match estava 2 x 2. De um lado Andrew Elenbogen e do outro o Luis Scott-Vargas, estava empatado e no 5° game, decisivo, simplesmente o Vargas faz mulligan pra 4 e tenta jogar contra um oponente que manteve a mão de 7 e deu no que deu, foi massacrado e claro que o Vargas não errou na build do deck. Nada contra o Andrew, ele tem um bom currículo mas Varga é bem melhor e merecia ser campeão mas a variância atrapalhou.
Resumo da ópera, Vargas tinha um deck melhor, joga melhor e tem um currículo melhor mas a variância venceu. Já dizia o filme tropa de elite, “existe sempre um equilíbrio que pode ser quebrado pelas menores das brisas”. E já é hora de aperfeiçoar o mulligan! En~toa, a Wizard desenvolveu o London mulligan.
Como é o London mulligan (novo mulligan), que por sinal recebe esse nome porque foi testado agora no GP London. Se você não gostar da sua mão inicial, você embaralha e compra novamente 7 cartas e se keepar, você ESCOLHE uma spell da sua mão e coloca no fundo do grimório. Se você pedir mulligan duas vezes, então você compra 7 spells e se keepar, você ESCOLHE duas spells e coloca no fundo do grimório e assim vai. Na minha opinião, isso não é o ideal mas vai melhorar, vai tirar a zica, já é um avanço.
Deu pena do Scott-Vargas, assista a final e tire suas conclusões:
Esse foi mais um artigo meus, amados planeswalkers, forte abraço e em breve vou fazer sorteios de cartas de jogo para os inscritos no canal, Até+.