Magic, the Gathering é considerado o cardgame mais popular do mundo e é também um jogo com uma grande complexidade. Certamente, justifica-se a dificuldade de alguns jogadores em montar um deck devido a esta complexidade. Além das inseguranças, sempre ocorrem dúvidas a respeito das várias faces do jogo. Como estratégia, interação e reações.
Apesar de ser um jogo – uma brincadeira – para se divertir. A proposta competitiva não pode ser desprezada, portanto, o jogador precisa pensar em como seu deck vai vencer o jogo. Com o intuito de dar alguma direção, aqui vão algumas dicas que podem facilitar as coisas. À propósito, estas dicas podem ser usadas tanto nos jogos com cartas físicas quanto no MAGIC, THE GATHERING ARENA. Boa sorte!
Escolha o formato e modo de jogo
Existem diversos formatos e modos de jogo no Magic. Neste sentido, a importância da decisão vai para fatores como o tamanho do deck e disponibilidade de cartas. Em primeiro lugar, formatos como selados e pré-montados jogam em torno de 40 cartas. Formatos como Modern ou Standart jogam com 60 cartas ou mais. E ainda há o Commander, que usa exatamente 100 cartas.
Em segundo lugar, formatos como Legacy ou Modern podem ter até 4 cartas do mesmo nome no deck (salvo Exceções), de tal forma que há mais disponibilidade de cartas que podem ser recursos chave do deck. Em contrapartida, formatos como Brawl ou Commander só permitem uma cópia de cada carta à exceção de terrenos básicos e outras cartas que ignoram esta regra .
De acordo com o formato também há a possibilidade de reconfigurar o baralho. Há formatos como Modern ou Standart (Padrão) que admitem até 15 cartas extras – chamadas SIDEBOARD, ou simplesmente, ‘side’. Elas podem mudar a ‘Personalidade’ do deck, para ficar menos vulnerável a algumas estratégias ou ao ponto fraco daquele deck.
Por exemplo, digamos que você joga com um baralho preto e branco (Orzhov) que seja mais agressivo. Você pode optar em trocar algumas cartas do deck principal por outras no banco de reservas do ‘side’ para se preparar melhor contra decks de controle.
Outro ponto em levar em conta o formato é o alcance das suas opções. Mesmo que cartas poderosas como planinautas sejam mais frequentes agora, os formatos Eternal como o vintage e legacy ainda possuem efeitos e cartas que podem causar pesadelos aos oponentes.
Foco no objetivo
É comum para jogadores novatos colocarem cartas no deck que são legais e que podem não ter sinergia. Às vezes, jogadores até fazem deck sem estratégia nenhuma, buscando apenas um monte de efeitos legais.
O deck tem de ter objetivo, ou seja, caminho para vencer. Em outras palavras, as cartas que compõem o deck devem falar sobre um mesmo tema, além de sinergias que o apoiam.
Por exemplo, para seu deck, pense em temas como descarte, dano direto ou combo. Nestes casos, além das cartas que causem estes efeitos, você pode usar cartas com efeitos de cemitério, compra ou busca de cartas, respectivamente. É claro que existem diversos outros efeitos que podem melhorar a performance do deck. Você deve avaliar as cartas de forma a ter os melhores ganhos, mais rápido e com o menor custo possível.
Em contrapartida, ainda precisará avaliar cartas que sirvam de defesa contra os pontos fracos do deck. Estas também ajudam na sua busca pela vitória, pois salvam o jogo nos momentos difíceis. Tenha em mente: seu(s) adversário(s) não vai ficar parado e inerte assistindo você jogar!
Por que escolher a cor e imporante?
Com base no objetivo e na estratégia do deck, você vai definir a cor(cores) que chegam lá mais fácil. Por exemplo, se você tem uma boa ideia de usar ou reutilizar cartas do cemitério, preto, branco e verde farão um trabalho muito melhor que vermelho e azul. Sob o mesmo ponto de vista, para velocidade, talvez seus resultados sejam melhores no azul que no branco ou preto.
Além disto, uma combinação de cores permite elaborar um plano de vitória mais eficiente. Com duas cores, você terá a estratégia de uma cor mais a cobertura dos pontos fracos fornecida pela cor ajudante.
O nível de experiência do jogador pode influenciar também nesta decisão. Decks verdes e vermelhos costumam ter estratégias mais simples e diretas, baseadas comumente e dano de combate. Por outro lado, decks brancos são bons em combate e pedem um nível ‘intermediário’ de conhecimento de jogo por suas opções de resposta. Assim também, decks azuis e pretos podem exigir mais do jogador. Estes decks têm habilidades de resposta, sacrifício e controle que precisam de mais experiência na gestão de recursos de jogo.
Custos, curvas de mana e atalhos
De fato, a gestão de recursos é a raiz do jogo e a mais importante chave para a vitória. E, com toda a certeza o recurso mais importante é o Mana. Além da geração o mana e principalmente seus geradores mais comuns – os terrenos – tem um equilíbrio delicado com o deck. Normalmente é indicado entre 30 a 40% de terrenos; dependendo do formato, quantidade de cartas e sinergia com terrenos em si (através de habilidades como Aterragem). Pode-se aliar a geração de mana com cartas chamadas ‘pedras de mana’ – cartas que não terrenos que podem gerar mana durante a partida.
O jogador precisa pensar na geração de mana, bem como o consumo de mana. Cartas de Magic em sua quase totalidade têm custos de mana e é importante verificar no baralho o custo geral das cartas que o compõe. Em primeiro lugar, se o deck estiver com muitas cartas de custo alto, este se torna um baralho muito pesado, com nenhuma ação nos primeiros turnos e poucas nos turnos mais adiante. Em segundo lugar; se o deck tiver muitas cartas de custo baixo, ele terá muitas ações nos primeiros turnos mas, ficará sem ação assim que “esvaziar a mão”. Além do que, mágicas de custo baixo são geralmente mais fracas em comparação a cartas de custo mais alto.
Em suma, é importante que haja um balanceamento no custo das cartas e habilidades para que o baralho consiga se proteger e/ou atacar nos turno iniciais e aumentar seu poder de ameaça nos turnos posteriores.
Testes do Deck
A parte mais importante – e divertida – é testar o baralho. Em outras palavras, você deve jogar com a maior variedade possível de oponentes e ambientes onde é cabível jogá-lo. Verificar quais são as dificuldades mais frequentes e formas de defesa. Ainda assim, mesmo se você perder uma partida, não significa uma necessidade imediata de alteração do deck. Veja o cenário da partida (principalmente falta ou excesso de mana, cartas que não vêm ou respostas na mão do oponente).
Leve em conta o ambiente em que você joga (Caso tenha a oportunidade de jogos físicos, seu grupo de jogadores podem ter regras próprias como proibição de anulações ou proteções). E faça vários jogos-teste. Apesar de requerer um pouco de prática, você pode jogar contra você mesmo usando outro deck de teste ou um sparring com cartas, obstáculos e situações que podem acontecer num jogo real e como seu baralho enfrenta estas situações.
O mais importante (Conclusão)
Lembrando sempre que o mais importante é, primeiramente, a diversão. Ainda que você esteja buscando a vitória, um deck que não tem relação com seu estilo pose ser cansativo. Desta maneira, você não vai conseguir aproveitar seu deck STAX super Tranca-Rua se você curte descer a porrada com um monte de bichos gigantes ou um Vultron imparável e inatingível.
Além disto, mesmo que você consiga montar um deck vencedor, fique de olho nas atualizações . Nesse ínterim, sempre há novas mecânicas de mágicas que podem mudar o cenário de jogo ou tornar uma estratégia campeã obsoleta.
Aqui você pode acompanhar o que está acontecendo no mundo do Magic e se manter atualizado com as melhores jogadas e tudo o que envolve nosso jogo favorito.